É no entrecruzar com a realidade que me apercebo da mentira.
É ao acordar de tarde que me apercebo do que perdi de manhã.
Sinto que ser e estar só,
são opostos que convergem em mim.
Afogo-me nas verdades e iludo-me em fantasias.
Cicatrizes que tenho mas que teimam em abrir.
Quebro um pouco da dor que há lá fora e trago-a para dentro.
Bem dentro,
Ela perde-se
Ela esconde-se.
Mas ela vive e não me deixa escapar.
Ela ilude-me e teima em me lançar ao chão.
Chão frio e duro.
Duro como eu sou quando não quero ser.
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