E se sou eu que não enxergo o que sempre esteve em frente,
posso ser eu um cego que não reparando pensa conseguir ver.
No entanto acordo apenas vendo um infinito preto,
pensando na minha loucura que o preto é a cor de quem vê.
Mas o negro é o tom de quem não quer ver.
O escuro é o sintoma de uma vida petrificada,
uma aparente falta de alegria,
uma realidade deturpada.
Conformo-me por pensar ser normal,
deste modo vo chocando,
vou batendo,
sem nunca me levantar do chão.
Desta forma sou derrotado pela "normalidade",
Sou apenas um corpo sem visão.
Então sou cego voluntariamente,
tenho medo do que existe para lá do nevoeiro cerrado,
ajuda-me sendo os meus olhos,
guia-me por entre a nébula que me tem rodeado,
encontra o meu rumo,
leva-me deste recanto que julguei seguro.
Ainda que possa voltar a cegar,
ao pé de ti não terei medo do escuro
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
o nuno é gay
Postar um comentário