O tempo corre.
Suga-nos a alma.
Enche-nos de impaciência,
Anseia não estar só,
Quer estar parado e não anda,
Mas quando olhamos ele passou.
Liberta-nos da dor,
Mas faz-nos sofrer.
De impertinências libertinas,
De incongruências vespertinas,
Que queremos adormecer.
De pecados marcados,
Que queremos apagar.
Porém apenas voam,
Pairam no infinito chão,
No infinito perdão de não poder perdoar.
A cabeça arde,
Fumega de solidão.
O mundo corre.
Não percebe.
Não entende a sensação.
Não sabe o que é viver.
Sobrevive sem pão,
E morre por sobreviver.
Amo-te
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