A lua debateu-se sobre o céu,
E eu,
Eu sou réu,
De um crime,
Que só ele viu,
Só ela cometeu.
Prometi ao céu a verdade,
Jurei à lua lealdade,
Fingi-me um fingidor,
Tornei-me condenado,
Culpado,
Do crime que a lua cometeu.
Não fui eu que nasci,
Não fui eu que pedi,
Nasci como o sol nasceu um dia,
E torno amanha a nascer até um dia.
Nessa altura vem a lua,
Toma a forma,
Contorna a vida,
Que um dia o sol viveu.
Torna a lua,
O sol morreu!